quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Rio

Eu mato no mato
Eu rio no rio
E morro no morro

No morro do Rio eu mato
No morro do rio eu morro
No Rio não tem mais mato
No Rio não tem mais rio

Esse rio ás vezes acaba chorando
O Rio alegre de antes
Acaba virando um rio de lágrimas
Um rio de lixo
Por trás do riso do Rio tem o mato e o morro
O rio do Rio só reflete o mato e o morro

Eu moro no morro
Eu moro no Rio
E no Carnaval eu mato e rio

Mas no fundo todos riem
Riem do mato e do morro
Todos acham belo o mato e o morro do Rio

Corte o mal do mato
Deixe crescer
Somente

A mente
Somente
A semente
Que brota o mato vivo que respira e sente

Limpe os rios sujos do Rio
E cuidem do morro
Não deixem que o morro morra
Não deixe que no morro morram

Agora corre
Corre que o rio ainda corre
E por mais sujo que esteja
Ainda reflete alguma beleza

7 comentários:

Unknown disse...

Gostei do trabalho com as palavras...
Cara... cada dia tu tah melhorando... o.o

Anônimo disse...

Está parecendo um trava-língua. :P

Assim como o meu xará ai de cima, tbm gostei desse jogo que vc fez com as palavras. :**

Josie Pontes disse...

Soube usar bem a linguagem!

massa demais!
"Corre que o rio ainda corre
E por mais sujo que esteja
Ainda reflete alguma beleza"
Isso me lembra um rio muito próximo, que inclusive eu participei de um movimento de preteção dele este ano, o grande abraço. Voce sabe de que rio eu to falando, tão belo...tão sujo...tão "nitroso"


bejão jaque

Anônimo disse...

caramba jaqueee que texto irado, trabalhou bem com a fonetica das palavras heim?

adorei ;***

Anônimo disse...

eu rio.
eu mato.
eu morro.


não morro no rio, nem moro no mato.
eu moro no morro.

não rio do morro, nem rio do mato.
eu rio do mundo.

eu rio.
eu mato.
eu morro.

Lauro Gueluta disse...

Cidade Maravilhosa?

Temos tantos morros em todos os cantos, tantos rios de sangue, mas a Globobagem está no Rio para causar risos entorpecidos nos que morrem todo dia...

Anônimo disse...

Um otimo jogo de palavras!