sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vesguice social


Que visão é essa que alguns dizem ter?
tão cega que não é capaz de enxergar nem a si mesmo?

Pobres zarolhos do mundo, míopes e astigmatas,com hábitos de vesguice social.
Está tudo errado, olhos ao contrário, por que vêem tudo do outro lado?
por que julgas e desprezas dissimulado?

antes olhe para ti, é preciso ver o mundo através de nossa própria beleza
das brechas de nosso espelho.

carta de um professor de matemática

Por que dizes que sou tão fraco em expressar-me para ti meu bem? e que sou assim tão frio e calculista tão milimetricamente exato e e matemático? que sou tão duro contigo quando não chegas na hora exata? que ultrapassas sempre o limite das contas?

Ó meu amor por favor não me diga que estou com os dias contados que eu não irei querer contá-los, não me faças errar uma conta que já sei o resultado.

Mas tudo bem, talvez tu tenhas mesmo razão; não sei exepressar-me bem com palavras, mas é que minhas únicas palavras são incógnitas, minha expressão é com números algébricos embaralhados, na função de nosso amor, te colocarei sempre em evidencia meu bem, na minha expressão sem fim em constantes cálculos de ti. Ainda não sei o resultado final mas nem me importo, sei que vai dar exato, pois essa é a minha maior certeza estando ao seu lado.

sábado, 12 de setembro de 2009

Inflável vazio


Sinto-me presa
não sinto o ar correr
Com meus assopros asfixiados
escuto apenas as mudas canções de minhas flautas
dos gritos e palavras abafados
das horas e afagos escapados
No inflável vazio de mim mesma
que se enrijece e vaga em um cárcere balão
prestes a se esvair e rodopiar estouvado
ou mesmo rebentar-se em farrapos

(Foto por Victor MR Mascarenhas)