domingo, 20 de novembro de 2011

Um analgésico, por favor

Para remediar,
adiar,
anestesiar
fantasiar você...

E se tudo foi ilusão
que continue sendo
a minha falta de dor...

domingo, 4 de setembro de 2011

Como aquela vela acesa
apenas temporal
sou fogo e ar
Equilíbrio... 
Respirando oxigênio
mantendo o incêndio de meus
pensamentos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

To com a sensação de que dias passaram e faz tempo que nao te vejo, seilá parece que faltei aula ou o trabalho, mas que estranho tudo continua o mesmo no calendário. O que será amor? Amor?

Uma canção do mundo...

ela apenas me deu uma caneta em meio a multidão e me disse "anda agora é a sua vez de continuar essa história" e me entregou um fone de ouvido desconectado e disse: "não se esqueça: a natureza é a energia, ela te conectará sempre ao mundo...Então apenas feche os olhos e escute a música" e em meio ao barulho tumultuado da vida cotidiana ela também me disse: "lembre-se: o tempo são as pontuações, apenas se preocupe com as palavras da nossa história..."
e com os fones de ouvidos foi possível entender: o barulho de vozes, carros, motos... eram a música! E a letra da canção quem cantava era ela, de olhos fechados com a caneta utilizada como um "microfone imaginário"  e com seus fones de ouvidos desconectados no meio da multidão, como se escrevesse toda a história do mundo com sua canção improvisada...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Transparente

Em mim está tudo transparente
como o vidro que nos separa
visível e invisível

Existe algo que está ali
eu sei
mas não posso afirmar
muitas vezes apenas me esbarro
me machuco sozinha
percebo apenas quando chego perto
sem saber

Transparente como a  água que me embriago
me afogando no deserto
como a fumaça do meu cigarro apagado
que você acendeu com seu isqueiro
esquizofrênica como a sua voz  que canta em meus ouvidos

e por isso sigo dormindo acordada
andando parada
dormindo de ressaca
sonhando sóbria 
acordando embriagada.

terça-feira, 5 de julho de 2011

como uma pedra na correnteza

.nexo mais tem não palavras minhas
,mundo do lógica a para pois
entendida ser sem
pedra uma como
ali continuo Então

.ela por levada ser poder sem,
conrrenteza na presa sinto me ,agonizante É

.espaço e tempo em Invertida

.passado meu o futuro meu do Fazendo

.trás pra deixando estou que o somente ,indo
estou onde pra enxergar sem frente pra trás de Andando

.morremos porque entender para nascimento o buscando ,atrás voltar
querendo sempre ,começo um procurando sempre

,frente pra trás de

:assim escrevesse eu se como É

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Olhos fechados

Quando fecho meus olhos posso saber quem realmente sou: sem forma, sem cor, apenas imaginação, a essência da loucura misteriosa e infinita; por fora dos limites doloridos de meu corpo, distante dos pontos de vista.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vazio espaço quântico entre nós

As pessoas se sentem sem se tocar, jamais nos tocaremos de fato. Apenas trocamos energia, mantemos nosso equilíbrio térmico e nos sentimos aquecidos como se existisse uma fogueira entre nós. Não queremos entrar na fogueira nem nos distanciar muito dela então apenas ficamos próximos uns dos outros. Afinal, somos átomos e jamais nos tocaremos, por isso gozamos de nos aquecer.

Mas às vezes o racional de nossos sentimentos vira loucura e é aí que nos jogamos na fogueira, desregulamos  o equilíbrio.
A fogueira é nossa reguladora de emoções: Não devemos fugir da luz nem tentar ultrapassá-la, e sim seguir sempre colocando lenha e se mantendo aquecido.

Existe um espaço vazio que transcende a existência, um espaço vazio que é preciso para movimentar a vida. O espaço que faz as coisas serem completas sem precisar de serem. O espaço em branco da imperceptível ilusão do mundo. Somos corpos físicos e vivemos próximos e aquecidos, apaixonados pelo espaço vazio que há entre nós. O espaço que faz com que continuemos juntos sem nos queimar.


domingo, 22 de maio de 2011

A concha de nosso mar

Havia água naquela música,  todos cantavam de olhos fechados deixando escapar salgadas lágrimas em um suave movimento do corpo de um lado para o outro. 
Era como o mar de dentro nós: Infinito, misterioso, indo e vindo sem parar, forte, sereno e nada predestinado; apenas fluindo...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comprando minha liberdade

Escrevi poesias de amor nas notas de dinheiro
Fiz uma pintura colorida de flores  nas notas de dinheiro
Fiz um barquinho nas notas de dinheiro
Picotei os pedacinhos de dinheiro e fiz uma chuva de papel
Queimei as notas e fiz uma fogueira aconchegante

Não sou doida...
era só um pedaço de papel ou não era?




quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ilhas misteriosas

Sua chuva muda
de néctar
continua a calar
deixando-me apenas suspirar

Abranda
e goteja
navegando
por cada fio,
por cada fim...


Segue seu caminho
cega


Enchendo-me de vigores,
amores...
caminhos,
carinhos...

Construindo-me ruas
construindo-me mundos

Percorrendo-me
consumindo-me

salivando meu cheiro
salivando meu teu leito

Subindo a maré
de meu olhar
até quase me afogar

Desfrutando de cada fruto
e banhando pelos rios mamilos
naquelas ilhas misteriosas

sábado, 2 de abril de 2011

Incêndio

É difícil achar as palavras certas para o que se sente

apenas abro e fecho a porta
está tudo incendiando e eu tenho que sair, eu sei
mas não sei o que fazer, não sei onde você está

eu queria só te encontrar
te entender
me entender
me salvar
te salvar de mim

mas o que se tem
é apenas uma visão perdida
entre a fumaça e o desespero

agora me remexo sobre a madrugada
angustiada tentando entender porque você voltou a se perder em mim
e eu só quero encontrar a minha verdade em você
não quero te ferir jamais

eu já nem sei se estou misturando as bebidas
o fato é que ainda não encontrei as palavras

me sinto tateando-as no escuro
me sinto escutando-as no barulho
mesmo sendo madrugada clara e silenciosa

o fato é que você ainda incendeia meu copo de alcohol
não há saídas de emergência
a única saída é ficar

e eu poderia estar num sonho louco qualquer que a gente esquece quando acorda
mas eu estou acordada enlouquecendo e vou dormir lembrando de tudo

sábado, 12 de março de 2011

Trago

seu perfume, seu cigarro
o doce e o amargo
trago comigo
queimando meus pensamentos
embriagando meus desejos

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ecos de sol


Lá, Sí foi a luz...

A corda afinada que nos unia
se partiu junto com você
teu violão esquecido desafina 
canções  solitárias empoeiradas
eu desatino e vou tocando o pesar

Então fecho meus olhos
como o tempo que se fecha
em chuvas e trovoadas

 Até então ouvir o som repetido de uma só corda
se acelerar cada vez mais
até parar em um estrondo
era a última nota que se partia com ecos de solidão: sol