sábado, 13 de novembro de 2010

Copo Azul

Respiro goles de café
quente e amargo
meu óculos embaça e desembaça
como um instável temporal a cada expiração

e não bebo em pequenas xícaras
bebo em grandes copos azuis
para sentir teu calor ardente
assegurado em minhas mãos

minha visão se limita apenas ao esvair do café no copo
pouco a pouco meu reflexo vai se esvaziando
dando espaço à distorcida visão azul de ti
afogada em minhas insônias

mas o forte toque do copo à mesa me diz:
não estás aqui...
Pequeno delírio azul.