domingo, 15 de novembro de 2009

Mu dança

Quero fugir, mudar de cidade, ir embora da minha vida à francesa, no meio da festa, no meio da confusão, sem dor de despedidas... Quero sair e não lembrar mais o caminho de volta, me perder sem ressentimento, sem preocupação. Talvez assim me descubra, talvez assim fuja dos problemas, fuja de mim mesma... Mas talvez esteja apenas me enganando, talvez possa mudar de cidade em cada passo meu e fazer deles maravilhosas ilhas de vida no oceano de meu mundo em que saltito... E talvez minhas quedas sejam o mergulho refrescante do atlântico... É acho que o que preciso mesmo é saber ver a vida como uma constante dança da mudança que saltita pelo mundo, somos donos do mundo e não tão pequenos como imaginamos, quando fechamos nossos olhos em cada suspiro podemos sentir o mundo infinito misterioso nos abraçar. Afinal, pra onde estou indo?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

humano-quadrado


O ser humano é quadrado
A vida é elíptica
Um ciclo
Uma ciranda
Um compasso
Um raio infinito
Excêntrica

Não é a toa que a terra é redonda
A vida corre entre as ladeiras
Entre os pés de uma partida de futebol
Nas rodas de um carro

A vida rola entre o universo

O ser humano  é que tem essa necessidade
De firmeza
De atrito
De lados
De vértices

A vida é a única capaz de empurrá-lo
E levá-lo pra cima e para baixo
Na misteriosa roldana do mundo

Pois o ser humano é limitado e frágil

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Viver

Quero oscilar
entre o ócio e a adrenalina
nas ondas de minha canção
com susurros de amor e gritos de rebelião

quero querer
e depois nao querer mais

surfar entre meus altos e baixos
tocar-me do grave ao agudo
dedilhando-me por completa
em uma só canção

vagar pelas esquinas da constante transição
entre ser e não ser
ousar da imaginação
com nossas nuvens no céu
e nós na terra da evolução

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vesguice social


Que visão é essa que alguns dizem ter?
tão cega que não é capaz de enxergar nem a si mesmo?

Pobres zarolhos do mundo, míopes e astigmatas,com hábitos de vesguice social.
Está tudo errado, olhos ao contrário, por que vêem tudo do outro lado?
por que julgas e desprezas dissimulado?

antes olhe para ti, é preciso ver o mundo através de nossa própria beleza
das brechas de nosso espelho.

carta de um professor de matemática

Por que dizes que sou tão fraco em expressar-me para ti meu bem? e que sou assim tão frio e calculista tão milimetricamente exato e e matemático? que sou tão duro contigo quando não chegas na hora exata? que ultrapassas sempre o limite das contas?

Ó meu amor por favor não me diga que estou com os dias contados que eu não irei querer contá-los, não me faças errar uma conta que já sei o resultado.

Mas tudo bem, talvez tu tenhas mesmo razão; não sei exepressar-me bem com palavras, mas é que minhas únicas palavras são incógnitas, minha expressão é com números algébricos embaralhados, na função de nosso amor, te colocarei sempre em evidencia meu bem, na minha expressão sem fim em constantes cálculos de ti. Ainda não sei o resultado final mas nem me importo, sei que vai dar exato, pois essa é a minha maior certeza estando ao seu lado.

sábado, 12 de setembro de 2009

Inflável vazio


Sinto-me presa
não sinto o ar correr
Com meus assopros asfixiados
escuto apenas as mudas canções de minhas flautas
dos gritos e palavras abafados
das horas e afagos escapados
No inflável vazio de mim mesma
que se enrijece e vaga em um cárcere balão
prestes a se esvair e rodopiar estouvado
ou mesmo rebentar-se em farrapos

(Foto por Victor MR Mascarenhas)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fôlego

Por mais penoso que seja, de mim saem apenas lágrimas secas. Minha dor é minha amante amada, bela, nua e amaldiçoada. Não se arrasta fugitiva em meu rosto, pois dela não desperdiço nem um gole de seu gosto, nem uma gota de sua essência.
Minhas lágrimas doce-salgadas escorrem em mim. Em minha saliva, em meu sangue...
Nelas banha-se meu pesar, nadando sem cessar. Talvez não aguente, se afogue, se engasgue, me inunde completamente; ou talvez se esvaia no ralo em raso tempo; ou na jorrada de afogados goles sangrentos.
Chorarei no fim. Pela dor conseguir tornar-se insuportável ou por cura, não sei. O que sei é que ela ainda nada em meu mar chuvoso, sem se lamentar as bordas de meu olhar...
Por enquanto ainda há fôlego.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ranger - kamikaze

360 graus em pensamento ciclico

em segundos minha vida rodopia em minha mente

em flashs de lembranças, com um frio na barriga junto de gritos internos e externos

me sinto dona do mundo

posso voar, posso brincar com a gravidade, posso ver o mundo de cabeça pra baixo, te vejo lá em baixo em pequeno ponto miudo no longe

o mundo torna-se luzes ao longe rodopiadas em circulos

meu deus que boa sensação é essa

de mim saem poesias, saem lágrimas, gritos, por um segundo me sinto por cima do mundo

e nao sufocada e capturada por ele.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Um pedido da poetisa


Por favor, arranque essas fantasias que vesti em ti. Hoje eu não quero chorar do meu próprio romance, deixa isso para os leitores. Agora te quero nua na minha falta de inspiração.

domingo, 31 de maio de 2009

Redemoinhos de mim


Redemoinhos de mim mesma corriam fugaz, tentando descobrir lá no fundo o que realmente eu queria, qual era a verdadeira superfície de meu oceano sem fim, puxando ilusões para a dança das marés. Elas tentavam me afogar, minha consciência rodopiava, mexendo a colher no mar de meu eu, que é frio de tua ausência e escuro de teus mistérios, cirandando em triste festa ao som de seu bolero.
Então embriago-me daquele meu copo vazio, transbordado de ilusão; em grandes goles delirantes de subconsciência, quero esquecer cada vez mais de tua ausência. E entre um gole e outro você me aparece de novo, em um tombo repentino de minha consciência que se fere e chora frente aos meus olhos, e grita para meus ouvidos o que estes antes não sabiam escutar.
Tento segurar-te, sentir-te novamente em arrepio, mas o mundo me deixa tonta com meus redemoinhos embriagados, e você sempre vem como se estivesse voltando. Não quero te perder, por que tu és o que eu realmente sempre quis e o que sinto é tão forte, que me afoga de tanta beleza.
Posso acabar por morrer em mar aberto às vistas do paraíso, e ele me olhará belo com olhos de angustia e nada poderá fazer. Fui eu quem mergulhei na embriaguez de mim mesma, dos redemoinhos de meu copo vazio cheio de minha ilusão, e mexi a colher de meu pensamento cada vez mais a cada dia que passava, dissolvendo o doce na amargura, em tentação e loucura. E agora é tarde e já estou presa às águas do paraíso de tua consciência.

sábado, 25 de abril de 2009

Antes da partida


Sinto minhas unhas grandes e pontudas, como pôde eu deixar minha vida crescer tão desordenadamente? Percebo-me debruçada sobre a cama após acordar de pequenas porções de sonecas da tarde, eram rápidas, mas quando havia me dada por acordada já era noite, que sensação ruim me trouxeram em fria febre encharcada de sonhos, me deixaram febril e completamente desiludida, agora já nem sei mais que dia é hoje. Afinal, quantos segundos terão uma hora em sonho? A vida dos sonhos é mesmo desconhecida, seus segredos são tão singelos que só quem sabe são os homens bobos de amnésia. Talvez tenha mesmo passado algumas férias no mundo abaixo dos lençóis da tarde, me esquecido do abrir dos olhos.
Porque agora percebo o crescer ignorante de meu físico limitado, também como pude eu tentar dividir-me em duas "vidas"? Acabei esquecendo-me da outra parte deitada sobre a cama. Eu não tive culpa, apenas corria em alma colorida, não me lembrava do suor e da dor, da ligação entre vontade e força. Não sei mais atravessar a ponte quebrada: Não sei mais andar sem cair, me tocar sem me ferir.
É assim que me sinto: Em frouxa segurança, arrastada negligência. Como um Baobá que cresce sem limites enraizando seu mundo de um lado ao outro e se partindo. Meu mundo ainda não partira em pedaços, mas está preste a se espalhar pelos universos.
Quem sabe então, eu seja mesmo este grão de negligência colorida em mundos vizinhos, nos jardins verdes de cultivo, ou quem sabe nos desertos dos poucos perdidos. Partirei-me não para um lugar certo, nem de vez em vez, hei de partir-me em pedaços por várias terras inimagináveis.
Mas por enquanto, ainda sito-me ferir com minhas barreiras que deixei crescer. Quero tocar-me novamente, sentir em sumo a pele macia que guarda tantos fogos desconhecidos de luz e vida. Mas ainda não consigo, minhas unhas compridas me ferem, fico em desespero, nem o macio toque das mãos ao rosto e cabelos, aquele jeito involuntário de aliviar o que não se pode ver, posso fazer sem ferir-me. As barreiras me ferem, tento derrubá-las, mas apenas encho-me de arranhões, vermelhidões da separação.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Crises líricas


Já que queres tanto me fazer
parte de teus capítulos
me narre agora
me amarre em fantasia de realidade
me faça sua personagem
em carne, osso e palavras
tola prisioneira do escuro paralelo

Pois sou até o ponto final
Inconsciente serva de ti
Marionetes de seus mistérios
Do louco abstrato
da pintura escandalosa
em movimento
em filmes e telas
céus e janelas

Tu me causas medo
Pelo negro que carrega em tua face
Que na verdade(suposta), nem face é
pois não se vê face alguma
apenas se escuta escura
estremecer em imaginação
Onisciente
involuntária
tu me faz iludida

faz agora
em desfecho e em começo
a respiração e expiração
de minha poesia de vida
em terceira pessoa
quando tomas conta
de meus dedos
tapando-me os ângulos
como tampas de um cavalo
mas não me contento com suas
terceiras dimensões
sei que existem pelo menos mais de seis

inquieta na prisão de
seus planos capítulos
me faço involuntária por ti
iludida de ser quem quero ser

podem até me acusar louca
mas é que eu apenas canto o que escuto
em um só compasso
a melodia esquizofrênica
que tu cantas em meus passos
que nem sei mais de quem são

Confusa sinto-me desfeita
em pedaços
entre o que penso ser e o que sou

A onda jamais se desfaz em chuvas
apenas se arrastam em ciclo
indo e vindo
da incansável força salgada
e assim me sinto
incapaz de seguir sem seguir coisa alguma
incapaz de revelar-me em chuvas de onda

Não quero apenas mãos manipulando canetas
quero canetas flutuando em letras soltas
de meu próprio alfabeto

mas sou personagem
fruto da manipulação
da inspiração asfixiada em poemas

o lírico imposto
no meu eu
s (eu) lírico
o que tenho de mim
é apenas meu pensamento
inconsciente da inconsciência

quarta-feira, 4 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

Realidade?


A realidade é um delírio próprio da consciência humana de cada um, seja ela enforcada ou não pela camisa de forças do senso comum.

domingo, 1 de março de 2009

Vezes "às vezes"

“Às vezes” não tem vez, são sempre vezes sempre, às vezes ruim, às vezes bom vezes infinito enquanto respiro e pulso batidas de momentos. Momentos vezes felizes, vezes aflitos... Cansa-me as vezes desse passo certo logo tropeçado e do caminho colorido logo escurecido. Cansei-me do cair e levantar, do chorar e rir, da culpa e da paz que vem tão rápida, várias vezes de uma só vez.
Cansei-me dessa vida montanhosa, hora alta, hora baixa.
Hoje me cansei e escrevo cansada de escrever minhas vezes, mas sei que daqui a pouco, talvez no próximo minuto, estarei novamente em pé e crente não mais cair, pois esqueço cada queda quando me levanto, é como uma amnésia de queda. Assim que me levanto, vejo tudo apenas como um novo caminho necessário para subir mais alto.
Talvez no fim dessa frase, já nem me lembre mais dessa vez e fique bem...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Rouco desabafo

Hoje minha garganta dói muito. Não pelo tanto que falei, mas pelo pouco que reivindiquei quando necessitaram tanto de minhas palavras fortes. Talvez o medo e o susto me impediram de verbalizar bem alto aquelas injustiças. Sigo paralisada, inebriada em inércia, em autoexílio da verdade. Somente o tremor de minha mão pode gritar bem alto em papéis a agonia que sinto, rabiscando trêmulas palavras, como as linhas lentas de minha pulsação. Estou em doença crônica da realidade.  Estou cansada, a vida me dói, corrói minha garganta no jorro daquelas palavras feridas engasgadas. Preciso de gritos unidos, de mãos trêmulas que apertem forte, preciso da corrente, da ciranda e de nossa canção.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Insônia do pensamento

A insônia de meu pensamento mexe e remexe sobre a cama em sonhos e palavras acordadas, escorridas em lençóis da madrugada.
Hora vem, hora vai em vão. Escorrendo pelo chão, como quem corre sem destino, logo caindo em chuvas de solidão sobre o telhado, em sons de cheiro de passado como criança brincando sobre a chuva.
Tento adormecer minha angustia hiperativa, mas não consigo. Quero tudo e nada, agora e nunca. Mas meu agora se faz nada, meu nunca mais, tudo. Não sei o que fazer, nunca soube como escolher, agora está tudo embaralhado. Confundo-me fundo, estou eu confusa sem estar? Ou confusa vou sempre ficar por confundir a paixão, da confusão e da ilusão?- Não sei, é somente o que digo quando respiro confusão. Confusa? É o que sou e ando nem mais andando de tão cansada que estou de confundir meus passos. Cansei sem cansar, em exaustos sonos em claro ao som dos galos a cantar. Em mente pesada que sobre os colchões dorme afundada, afogada.
Sinto-me perdida em fronhas, lençóis e almofadas, perdi a hora de acordar. Agora apenas te peço pensamento pare um pouco de dançar, vá ao menos cochilar, preciso do mínimo de silêncio para que possa leve levantar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dos pés da loucura

Meu teto não é só concreto
É o chão estilhaçado dos pés da loucura
Em cacos espelhados pelos universos infinitos
Como estrelas florescentes
Ao céu das mentes iminentes

O teto não é o limite e sim o princípio
Sem meio e sem fim
É nuvem branca da criação
Batucada dançante de meu coração
Sonho da res-piração
Para quem caminha a ponta-pés
para fora das insensatas margens afogantes


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Precisamente o incerto

Edifica-me assim em ruas irregulares, passos incertos, olhar de mistério, idéias de retalhos. Eu não preciso de seu caminho concreto, de seu porto seguro, não preciso de seus holofotes gigantes e de seus faróis inseguros. Preciso da metamorfose do escuro, da cor da imaginação e eu não preciso precisamente do que esperam. Preciso da dúvida e do mistério, do risco e da adrenalina de pular em hemisférios com pés firmes na ousadia de atingir em sumo a loucura do que é ser.
Preciso cantar em números embaralhados o tempo que a de vir, como as páginas soltas dos livros em que conheci. Preciso da bandeira de cada vida em que me descobri, turistar para sempre em rumo sem direção. Sem precisar do teu relógio nem da tua bússola, a minha busca é pelo inexato, preciso apenas do tempo como o sol e a lua a vir sem hora pra chegar e a sair sem hora pra esperar. E nada mais importa, pois sempre é tarde para se descobrir, mas nunca para se redesdescobrir.

sábado, 31 de janeiro de 2009

O azul de norte a sul


No limiar daquele oceano
ilha azul do infinito
boio perdida sobre o atlântico

Meus olhos afogados desabrocham algas
rodopiando em minha visão como um caleidoscópio natural.

O azul é o limite
de um norte a sul infinito
entre o mar e o céu conciliados em liberdade

A maré sobe em meu pensamento
a tempestade inundou a cidade
Os peixes passeiam pelos shoppings
invadem os prédios

Tolo mundo submarino
agora as nuvens boiam sobre o mar
e eu nado até o céu

"Terra planeta água"
 uma gota de lágrima do universo.

Onde será que estamos?
Estamos escorrendo sobre a face escura misteriosa?
Ou estamos flutuando em chuvas de imaginações cientificas?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Das brechas de nossa janela

Assim sem nenhum parágrafo, sem letra maiúscula e sem qualquer introdução você veio. Apenas de frases em seqüências por trás de janelas misteriosas onde nos encantávamos, cantávamos, víamos o tempo passar e juntas o sol nascer.
Eu te tocava distante, mas tão perto em escuras letras quadradas, no teclar dos teclados como se compusesse nossa melodia e logo ouvia os aplausos vivos de nossos corações, de nossa íntima energia a cabo interligados e sempre conectados. Viajávamos em bossa e poemas, bobagens, fofocas e irônicas declarações de amor. Estávamos mas perto do que imaginávamos. Nossos pensamentos nos ligavam, nossas imagens, nossos nomes, nossas cores, nossas palavras. Tudo se misturava em um oceano de sensações: Frio, calor, insônia, ânsia...
Sentadas de frente a janela, contemplávamos uma a outra em olhares vulgares porém tímidos. Nos conhecíamos em cada milímetro de nossa face, em cada olhar fixo sentíamos as palavras nos afetarem agudo acariciando o desejo de nos tocarmos. E então viajávamos em desejos virtuais. Sendo tarde, o mundo nos levava a cama e eu ia dormir com você em meu pensamento, gozando lembranças de suas doces palavras. E em um segundo dormia com os anjos, sonhava com você. E era sempre assim, um começo sem começo e um fim sem fim. Não havia história, tu eras a história. Penso em ter dado um ponto final, pois a ausência de nossas palavras misturadas em cor de paixão e encostada em janela amarela, logo ao nascer do sol me dói profundo. Corta-me a garganta esse silêncio absoluto e me faz por dentro gritar e em saudades esperar.
Esperar novos parágrafos irregulares, um novo olhar castanho me esperando em janela ensolarada para que eu possa de novo conhecer o seu lar. Ninguém surgiu como você em mim. A nossa música ainda toca no rádio e em meu pensamento... Minha linda flor, meu jasmim será... Meus melhores beijos serão seus...Todos a cantam como se sussurrassem nossos poucos momentos juntos. Poucos sim, mas grandiosamente significantes. Sim, mas vivos em sonhos e pensamentos do que em pele e arrepios.
Mas ainda te espero nas brechas de nossa janela fechada. Pois tu ainda continuas sendo minha inspiração, o que ainda resta de minha romântica poesia.

sábado, 3 de janeiro de 2009

À esquina dos ventos

À esquina dos ventos
Atraiu minha distração
Em um segundo
Afetou-me agudo

Respiro-te em multidão
Piro no perfume de delírios
De teu calor doce-amargo
Misturado em turbilhão

Piro em idílio
Como éter na mente
querer-te
res
pirar-te
Para sempre

Sinto-te fria em meu peito
Estremecer em fuga para fora de meus anseios
Tento segurar-te em essência

Tarde demais
Você já se espalhou
Por universos distantes