domingo, 3 de agosto de 2008

Absurdo é o fruto


Gorjeando seus prazeres
fazendo de dois
apenas um só ser
um só gemer

Do fruto surdo-absurdo
piscavam em júbilo
formigando fantasias
palpitando alegrias

Despiam receios
em ânsia de se perder
para sempre
nus em seios

semeando
semens
dissolviam-se
em cheias veias
amamentavam ceias
ao qual junto saboreias
e dançam em seita
suas próprias receitas

organizam
em fileiras
e desorganizam
em desordem alheias

contínuo e uniforme
em êxtase contingente
andavam rápido-lento
forjando fulgores
calores
dores-amores

Controlando o já descontrolado
transpiravam
e sentiam o mundo tocá-los
fino e leve
agudo e profundo

E em ócio transbordam
agora feitos e satisfeitos

E chegam a mais um
fim sem fim
de mais uma ânsia
da exuberância

5 comentários:

Unknown disse...

Deveras interessante.
Tratou o tema com elegância.

Muito bom, jaque \o

Thiago disse...

Jaque! Na monotonia das minhas manhãs de "trabalho", eu volta e meia entro aqui pra passar o tempo. ;)

Mas agora vou ali tá, saborear um fruto. Tchau! :*

Thiago Dias


ps.: e-Letrizada: achei o máximo esse termo. :P

- disse...

as palavras vão se completando.

Alonso Zerbinato disse...

Você está cada dia melhor.
Bateu uma good daquelas em mim.


Vou botar nos Favoritos.



Cuide-se, pequena.

Anônimo disse...

quero ver teu exagero nas palavras quando fala de mim. ahah ;*