sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Espelho


Frágéis
minhas palavras rabiscadas com saliva e dor
se fragmentam e se perdem no espaço
minha imagem fria e concreta se dissolve
em amnésia e medo
meus olhos me olham vagos e ligeiros
sinto-me desconhecida

meus sonhos como a poeira da estrada
ficaram para trás ao crepitar do ar

e assim me enxergo sem me enxergar
e assim vivo sem viver

caidos no chão
só restam meus cacos...

3 comentários:

Igor Chacon disse...

.primeiro post de 2010? =o
.mui belo!
.primeiro comentario! ^,,^

sussa disse...

parece a minha performance!

Tiago M. disse...

todos os cacos juntos
e temos um novo poema