segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Gelo

Eu só caminhava sob o gelo
o tempo inteiro deslizando sob meu reflexo

Pisava em meus pés
e meus eus dançavam
sincronizados
em uma grande coreografia

No meu norte dançava a quente consciência
no meu sul a fria ilusão

Como imã
assim era o gelo que separava e juntava as coisas


5 comentários:

Pequen(A)mar disse...

escorregadio ou patinante?

Pedro disse...

às vezes aparece um fogo e derrete o gelo, mas o que sobra afinal a lembrança dos passos ou o momento flutuante?

Anônimo disse...

A analogia não podia ser mais perfeita. O uso dos pontos cardinais definem bem a desorientante senssação dos seus textos. Continue escrevendo, vc tem muito talento.

lululul disse...

É... queria os dois assim em perfeita e imperfeita sintonia. Ou pelo menos juntos. Me seria suficientes.
Queria ser seu papel e sua caneta. Queria mais queria ser suas palavras, sua letra.
=)
beijos

Tiago M. disse...

a sublime
separação junção
simultânea
das coisas