sábado, 12 de setembro de 2009

Inflável vazio


Sinto-me presa
não sinto o ar correr
Com meus assopros asfixiados
escuto apenas as mudas canções de minhas flautas
dos gritos e palavras abafados
das horas e afagos escapados
No inflável vazio de mim mesma
que se enrijece e vaga em um cárcere balão
prestes a se esvair e rodopiar estouvado
ou mesmo rebentar-se em farrapos

(Foto por Victor MR Mascarenhas)

3 comentários:

Igor Chacon disse...

.vazio completo também é imensidão, infinito, inflar o vazio também é fazer-se infinito.. belo poema..

Alonso Zerbinato disse...

Quanto tempo, menina. Você está bem? O que anda fazendo? Beijo grande.

Unknown disse...

Belos escritos moça, curti o blog ;)