sábado, 2 de abril de 2011

Incêndio

É difícil achar as palavras certas para o que se sente

apenas abro e fecho a porta
está tudo incendiando e eu tenho que sair, eu sei
mas não sei o que fazer, não sei onde você está

eu queria só te encontrar
te entender
me entender
me salvar
te salvar de mim

mas o que se tem
é apenas uma visão perdida
entre a fumaça e o desespero

agora me remexo sobre a madrugada
angustiada tentando entender porque você voltou a se perder em mim
e eu só quero encontrar a minha verdade em você
não quero te ferir jamais

eu já nem sei se estou misturando as bebidas
o fato é que ainda não encontrei as palavras

me sinto tateando-as no escuro
me sinto escutando-as no barulho
mesmo sendo madrugada clara e silenciosa

o fato é que você ainda incendeia meu copo de alcohol
não há saídas de emergência
a única saída é ficar

e eu poderia estar num sonho louco qualquer que a gente esquece quando acorda
mas eu estou acordada enlouquecendo e vou dormir lembrando de tudo

5 comentários:

Ana Casanova disse...

Suas poesias me tocam de tal forma que quando vou lê-las mudo meu tom, minha expressão.
Pois já imagino o que me espera. Me preparo para lê-las!

Suas poesias me tocam de tal forma que quando vou lê-las esqueço o tenho que fazer! Elas me desnorteiam!

Suas poesias me tocam de tal forma que quando vou lê-las abstraio tudo... tudo ao meu redor é só poesia cruzada.

Poesia cruzada que vive em meus sonhos de menina boba!

Ana

Estrela disse...

É...
Fazia tempo que eu não lia suas poesias...
Lembro quando eu lia seus textos antes do seu blog...
Tinha muito tempo que não lia nada seu...
Voltei a ler e ainda me vejo neles...
Será que estou certo?
Será que estou completamente errado?
Como poderíamos saber, nós não nos damos chances!!!


Desculpa por estar resmungando em mais um lindo e sentimental texto seu.

fgds disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
fgds disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Casanova disse...

e mais uma vez me pego lendo suas poesias e sentindo aquela mesma sensação...

e sempre volto na mesma poesia. Lendo, lendo, lendo... me deparo com "Incêndio" e imagens me vêm, sobretudo quando tu fala: "me sinto tateando-as no escuro. me sito escutando-as no barulho...". Daí eu digo: vou comentar esta e quando entro pra comentar, me deparo com um comentário meu já existente.

poesias imagéticas as suas.