segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Precisamente o incerto

Edifica-me assim em ruas irregulares, passos incertos, olhar de mistério, idéias de retalhos. Eu não preciso de seu caminho concreto, de seu porto seguro, não preciso de seus holofotes gigantes e de seus faróis inseguros. Preciso da metamorfose do escuro, da cor da imaginação e eu não preciso precisamente do que esperam. Preciso da dúvida e do mistério, do risco e da adrenalina de pular em hemisférios com pés firmes na ousadia de atingir em sumo a loucura do que é ser.
Preciso cantar em números embaralhados o tempo que a de vir, como as páginas soltas dos livros em que conheci. Preciso da bandeira de cada vida em que me descobri, turistar para sempre em rumo sem direção. Sem precisar do teu relógio nem da tua bússola, a minha busca é pelo inexato, preciso apenas do tempo como o sol e a lua a vir sem hora pra chegar e a sair sem hora pra esperar. E nada mais importa, pois sempre é tarde para se descobrir, mas nunca para se redesdescobrir.

2 comentários:

Lauro Gueluta disse...

Um hino à independência... Caminhar por si, ser livre e feliz.

Beijo!

Unknown disse...

Chaos produtivo