sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Rouco desabafo

Hoje minha garganta dói muito. Não pelo tanto que falei, mas pelo pouco que reivindiquei quando necessitaram tanto de minhas palavras fortes. Talvez o medo e o susto me impediram de verbalizar bem alto aquelas injustiças. Sigo paralisada, inebriada em inércia, em autoexílio da verdade. Somente o tremor de minha mão pode gritar bem alto em papéis a agonia que sinto, rabiscando trêmulas palavras, como as linhas lentas de minha pulsação. Estou em doença crônica da realidade.  Estou cansada, a vida me dói, corrói minha garganta no jorro daquelas palavras feridas engasgadas. Preciso de gritos unidos, de mãos trêmulas que apertem forte, preciso da corrente, da ciranda e de nossa canção.

3 comentários:

Lauro Gueluta disse...

Conte com meu grito unido ao teu, com minha mão segurando a tua na jornada pela Humanidade, com meus pés ao lado dos teus ladeira acima, com meu coração batendo com o teu neste sonho "impossível", com minha vida sacrificada com a tua nesta última chance que temos para existirmos na Terra...

Lauro Gueluta disse...

E qnd vc estiver cansada, estarei ao teu lado para segurar-te, e conto contigo para o mesmo, e se o medo abater, a presença um do outro e de todos os como nós, que buscam o que nós buscamos, será mais forte que o medo e vencerá sempre. E quando estiveres rouca, e eu também, e estivermos todos, e nossas vozes forem silenciadas, e nossas gargantas apertadas, e nossas vidas quase arremessadas, estarmos todos juntos será o maior grito que se poderá ouvir, será o grito que abalará as estruturas, que vencerá as guerras, que silenciará todas as armas e levantará aos céus e às terras a vida que merece prelavelecer.

"Ver um crime com calma, é cometê-lo" José Martí

"Hasta la vitoria siempre!" ...Dispensa apresentações...

Anônimo disse...

Que nasçam as novas poesias! Obrigado pela visita =) Que bom que gostou!

Sempre existe a opção de ignorar os problemas e lançar-se à doce e vitalícia misantropia.

Mas creio que não é seu estilo. Nem o meu.
Eu acredito em bons legados. Façamos os nossos, cada um de seu jeito especial.

bjo